PRENÚNCIO DE PRIMAVERA

Pousou na minha janela,
Exibia uma rara beleza,
Prenúncio de primavera,
Porção impar da natureza.

Eu; paralisado ante ela,
Chamo-a de princesa,
De minha doce Cinderela,
Tamanha a delicadeza.

Azul, purpúrea, amarela,
Da janela a me olhar,
Eu; com um olhar de tela.

De repente voou; policroma e bela,
Volúvel a bailar,
Poética – serena – singela.