A rua, de esmeralda vejo-a vestir-se
“A rua, de esmeralda vejo-a vestir-se.
Neve cobre-lhe o chão; será de coco?...”
Nisso todo o meu eu pode exaurir-se;
Todo o meu ego o quanto inchado, oco.
Uma andorinha – supondo – me ouvisse
A doçura que, cá, ei-la e venero,
Dir-me-ia para deixar de pieguice:
- N'alto ver-me a margarida que quero!
E quem te fala - acrescentaria à época -
Sente não poder tocar-lhe o eflúvio
Co'os lábios carnudos que tens à boca.
Por fim, que assaz se fique demonstrado:
A túnica do irmão dá-lhe o alívio
Qual dera aos outros tantos o machado.