Enfia a viola no saco Stanislaw Balner
Do saco da viola nunca sai coelho,
tocar um instrumento sempre foi vontade,
não estimular talentos é da sociedade,
o tempo foi passando, fui ficando velho;
nunca viajei em trilho de braço de viola,
tive outros afazeres, a vida foi dura,
em bola dividida nunca entrei de sola,
ter sido esmagado não roubou a ternura
do agora velha guarda que não toca a viola
mas tem nos pés a dança de salão e samba
e enfia no saco da viola esses pés de bamba,
e nem assim o par de pés da vida isola
pro sol ou pro infinito essas pernas não bambas,
que entre valsa e bolero fica só c’ ambas.
Do saco da viola nunca sai coelho,
tocar um instrumento sempre foi vontade,
não estimular talentos é da sociedade,
o tempo foi passando, fui ficando velho;
nunca viajei em trilho de braço de viola,
tive outros afazeres, a vida foi dura,
em bola dividida nunca entrei de sola,
ter sido esmagado não roubou a ternura
do agora velha guarda que não toca a viola
mas tem nos pés a dança de salão e samba
e enfia no saco da viola esses pés de bamba,
e nem assim o par de pés da vida isola
pro sol ou pro infinito essas pernas não bambas,
que entre valsa e bolero fica só c’ ambas.