Soneto Pra Mãe

Ainda menino, sai do meu torrão,

Em busca de bens e capital,

Trabalhei, que nem o cão,

E não tenho dinheiro, pra voltar no natal.

Tomei umas cachaças, na festa de são bento,

Dei dois beijos, numa moça,

Que logo, deu a luz, a um rebento,

Agora, vem o enxoval e a louça.

E levarão, o que, eu tinha guardado,

Perdoei-me, mãe, se eu não vê, mais tua face,

Não voltarei, se não tiver bem arrumado,

Pois, a esperança, é primeira que nasce.

Mãe, não tenha saudades, de mim,

Pois, a levarei no coração, ate o fim.

Gilmar Queiroz
Enviado por Gilmar Queiroz em 30/08/2007
Código do texto: T630375
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