Soneto Pra Mãe
Ainda menino, sai do meu torrão,
Em busca de bens e capital,
Trabalhei, que nem o cão,
E não tenho dinheiro, pra voltar no natal.
Tomei umas cachaças, na festa de são bento,
Dei dois beijos, numa moça,
Que logo, deu a luz, a um rebento,
Agora, vem o enxoval e a louça.
E levarão, o que, eu tinha guardado,
Perdoei-me, mãe, se eu não vê, mais tua face,
Não voltarei, se não tiver bem arrumado,
Pois, a esperança, é primeira que nasce.
Mãe, não tenha saudades, de mim,
Pois, a levarei no coração, ate o fim.