ROTINA E CICLO

Quando deparo-me com outro alvor,

As vozes das manhãs seguidas,

O choro de crianças renascidas,

Cismo e fico atento a tal clamor.

Não detenho-me mais ante o calor,

Das lancinantes luzes recaídas,

Do flavo sol que despencaram-se, retorcidas,

Deste implacável ciclo estridor.

Indiferente o mundo se agita,

Atrás do seu quinhão, suas utopias,

Que brilharão em cinzas soltas ao vento.

Quando as manhãs renascem, a alma grita,

Num hausto, por mais poesias,

Que decifram do viver um só momento.

(Yehoram) 05/04/2018

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 05/04/2018
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