DOCES FRUTOS
Banhando-me a boca, avivando a libido,
teus beijos derramam suaves licores.
Libertam-se feras rasgando o tecido
das teias, prisões de desejos, fervores.
Na chuva de ardência tudo é consentido:
escalam paredes os dois sonhadores,
sussurros disfarçam o grande alarido,
efeito de extrema volúpia, esplendores.
Distantes do chão, degustamos vorazes
os frutos dulcífluos do amor infinito,
sustento das vidas de enlevo repletas.
Tu és a razão da ledice e me trazes
o bem das alturas, contigo levito...
Os meus devaneios, sorrindo, completas!