PRISIONEIRO DESTE AMOR
Por que fingir que é dor a dor que sinto,
Se mesmo que a fingisse a teria?
O gosto amargo deste absinto,
Só num hausto seu eu morreria.
E o homem que tu amavas foi extinto,
No vago da expansão da terra fria,
Que é a alma de mulher, um labirinto
De pura dor amarga e agonia.
Oxalá, eu fingisse este amor!
Então, eu dominaria o espírito dela,
E salvaguardaria meu frágil coração.
Mas facilmente cedi ao seu fulgor,
Vi o meu ser aprisionado a ela,
E ela lançou-me numa prisão.