Soneto de Bentinho
Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura
Tu és, do meu vergel, a magna chama
Aquela por quem meu desejo clama
Cerne da paixão, fonte de doçura.
O meu corpo por teu corpo procura
Em delirio carnal que o anseio inflama
Da minha alcova, és a Régia Dama
Um palco de delícias sem censura.
Sempre te amar, é a minha nobre sina
- Pois não vivo sem ti, Capitolina.
Faria, a solidão, da vida, escrava.
Pobre alferes em última palavra
Numa missão "in glória", rota e falha
Perde-se a vida, ganha-se a batalha.