SONETO MAKTUB
Em minha alcova onde uma rosa dista,
neste recôndito do pranto, da convulsão,
onde repousa a dor e a frustração,
quebra o silêncio da relutância mista.
Pende o relógio, marca da hora quista,
Contando o tempo do fim duma paixão;
Ou o regresso dessa prostração,
esta máquina denteada e feminista.
Vou revolvendo nesta vil teimosia,
A nulidade de cada poesia,
que estava escrita nas estrelas.
Posto que o amor reluz como o sol,
e esconde-lo é o mesmo que a um farol,
são poesias, melhor reescreve-las.