Somos escravos do tempo
Ah, se meu dia fosse só de auroras!
ah, se jamais existissem assombros!
e sumissem os pesos de meus ombros;
e se tornassem dóceis estas horas.
Porém, o implacável tempo fulmina,
diz quando e se haverá alvoradas;
e pouco liga pras minhas jornadas,
apenas segue amoque sua rotina.
Então, o tempo vai por aí seguindo,
não se apressa nem mesmo se dilata,
mas nosso tempo vai diminuindo.
Porque tempo que cria também mata;
e pouco lhe interessa o belo, o lindo;
não liga, mas também não faz bravata.
Ah, se meu dia fosse só de auroras!
ah, se jamais existissem assombros!
e sumissem os pesos de meus ombros;
e se tornassem dóceis estas horas.
Porém, o implacável tempo fulmina,
diz quando e se haverá alvoradas;
e pouco liga pras minhas jornadas,
apenas segue amoque sua rotina.
Então, o tempo vai por aí seguindo,
não se apressa nem mesmo se dilata,
mas nosso tempo vai diminuindo.
Porque tempo que cria também mata;
e pouco lhe interessa o belo, o lindo;
não liga, mas também não faz bravata.