DA MINHA JANELA
Vozeiam as águas da cachoeira
E acompanha silvando o vento
E canta feliz o sabiá-laranjeira
E cada arvoredo se curva lento.
Os pardais fazem bela melodia
Quando despertam a cada dia
E repetem ao entardecer a sinfonia
E recitam pura e suave poesia.
O bem-te-vi no cume da árvore canta,
O tiziu, nos seus saltos, nos encanta
E a viuvinha chilreia as gargalhadas.
No campo mugem as malhadas,
Orquestra bem afinada pra se ver,
Que faz nossa alma, em gozo, ferver.