Soneto da visita a um casal de amigos
Edgar, este nobre grande amigo
Recebe-me com sua esposa Cida,
Para nos distrair da grande lida
E revivermos o convívio antigo.
Edgar e Cida, ouçam o que digo:
Amigos, muitas vezes , esta vida
Deixa longe, na aparência esquecida,
A pessoa; mas não há tal perigo
De dispersar-se quem na alma os traz,
Ainda que distante eu esteja,
Pois vínculo tão belo, tão vivaz,
Deste amigo de ausência contumaz,
Se se abranda no brinde com cerveja,
Cresce nos votos de saúde e paz.