Café Nice, um pedaço do céu ou a sina do homem ter de ver sempre o seu mundo ruir exemplificada pela história de um Café.
Um dia vi o Café Nice igual playground
de adultos aos pulos numa disco teque,
a tradição de pé, batida round a round,
agora sob os pés de um malandro moleque
suspirava a agonia de um tempo passado;
o sal do destempero queimava-me o peito,
pois lá nesse Café amei e fui amado,
e o que fazem com ele, hoje, não é direito.
Depois do tempo áureo já foi até prostíbulo!
Memória, ah, memória, por que contigo
bulo? O meu passado é belo o mais é incerto,
Meu peito, hoje, é amplo, maior que um deserto
subsaariano inteiro, meu amigo,
sou mundo que não há, pertenço ao mundo antigo.