FOME DA VERDADE

Dores invadem, mortas as alegrias,

A escuridão! Dos ares desprotegidos

Dos miseráveis, na pernumbra, perdidos,

Sem apegos, sem sonho, nem fantasias...

Abatido no torpor das nostalgias,

Mãos mirradas, nos olhares estendidos,

Falta-lhe a coordenação dos sentidos

Clama o desespero das suas agonias.

Invisível ao mundo da indiferença,

Pede, olhar vazio e humilhado, uma esmola

Fariseus olhares falsos de piedade...

A subserviência tira-lhe o amor e a crença

Ante o exibir a falsidade, o carola.

Quer em paz saciar a fome da verdade.

Tarcísio Ribeiro Costa

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 25/08/2007
Código do texto: T623775