FOME DA VERDADE
Dores invadem, mortas as alegrias,
A escuridão! Dos ares desprotegidos
Dos miseráveis, na pernumbra, perdidos,
Sem apegos, sem sonho, nem fantasias...
Abatido no torpor das nostalgias,
Mãos mirradas, nos olhares estendidos,
Falta-lhe a coordenação dos sentidos
Clama o desespero das suas agonias.
Invisível ao mundo da indiferença,
Pede, olhar vazio e humilhado, uma esmola
Fariseus olhares falsos de piedade...
A subserviência tira-lhe o amor e a crença
Ante o exibir a falsidade, o carola.
Quer em paz saciar a fome da verdade.
Tarcísio Ribeiro Costa