MINHA JUVENTUDE E OS LÍRIOS

Dizei-me, ó lírios, quando eu passar por voz,

Da minha juventude, de um olhar

Que imitas quando vedes-me passar;

E que se perpetua entre nós?

No tempo vossas flores refazeis,

E ao tempo as lembranças reformando,

E em sonhos à minha infância relembrando

Da face que guardastes de Inês.

O tempo se perdeu, e os meus amores

Da minha inocência se perderam,

Perdi o antigo espelho, restam as flores

Que vos me apresentais cá nesta hora,

E lembro-me de Inês e dos verdores

Da infância que deixei lá no outrora.

Serra-ES 25/01/2018

Geraldo Altoé

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 25/01/2018
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