Somos ideias
Antes de tudo que existe, vem a ideia
A qual, ao universo dá algum sentido
Criações e costumes ela os estreia
Este nosso mundo tornando redimido.
Ela sequer é levada, está na boleia
Conduz o Planeta no rítimo devido
Mas, sem jogar inutilmente pra plateia
Vai fazendo de mercador o seu ouvido.
E, realmente, não há mente amordaçada
Nalgum cérebro muito escuro ou vazio
Ou num universo que represente nada.
E de ideia, ninguém pode sofrer estio
Porquanto é própria, pois nunca nos é dada
E conhece, do caminho, todo desvio.
Agora vem o Fernando Cunha Lima e valoriza meu modesto soneto com esta interação primorosa e inspirada:
PRIMA IDEIA
Por perceber do mundo os seus desvios,
Chega a ideia e se localiza,
Toma conta da vida e nem avisa,
Qual gota dá’gua, para formar rios.
A sua falta causa-nos estios,
Sua presença, então se eterniza,
Da nova ideia eu visto a camisa,
Por preencher-me todos os vazios.
Vem a ideia, assim, antes de tudo,
Cria do nada qualquer conteúdo,
Como se fosse ela, a própria deia.
Dedico a ela todo o meu respeito,
Por saber que ela tem todo direito,
Sendo prima das coisas, eis a ideia.
Belíssima interação de Jota Garcia, ao qual eu agradeço.
A IDEIA
Alguém com muito mais tino já disse,
Em versos de beleza inegável,
Que contestá-lo seria tolice,
Imitá-lo, altamente improvável.
Do encéfalo é certo que vem
Através de moléculas nervosas,
Escreveu convicto esse alguém,
Que era mestre em versos e prosas,
Ao definir de onde vem a ideia,
Onde ela se esconde, o que faz,
Vai adiante, revela muito mais.
Lamenta imaginar uma odisseia
E resultar barrados os seus versos
Diante uma tíbia língua plebeia.
Antes de tudo que existe, vem a ideia
A qual, ao universo dá algum sentido
Criações e costumes ela os estreia
Este nosso mundo tornando redimido.
Ela sequer é levada, está na boleia
Conduz o Planeta no rítimo devido
Mas, sem jogar inutilmente pra plateia
Vai fazendo de mercador o seu ouvido.
E, realmente, não há mente amordaçada
Nalgum cérebro muito escuro ou vazio
Ou num universo que represente nada.
E de ideia, ninguém pode sofrer estio
Porquanto é própria, pois nunca nos é dada
E conhece, do caminho, todo desvio.
Agora vem o Fernando Cunha Lima e valoriza meu modesto soneto com esta interação primorosa e inspirada:
PRIMA IDEIA
Por perceber do mundo os seus desvios,
Chega a ideia e se localiza,
Toma conta da vida e nem avisa,
Qual gota dá’gua, para formar rios.
A sua falta causa-nos estios,
Sua presença, então se eterniza,
Da nova ideia eu visto a camisa,
Por preencher-me todos os vazios.
Vem a ideia, assim, antes de tudo,
Cria do nada qualquer conteúdo,
Como se fosse ela, a própria deia.
Dedico a ela todo o meu respeito,
Por saber que ela tem todo direito,
Sendo prima das coisas, eis a ideia.
Belíssima interação de Jota Garcia, ao qual eu agradeço.
A IDEIA
Alguém com muito mais tino já disse,
Em versos de beleza inegável,
Que contestá-lo seria tolice,
Imitá-lo, altamente improvável.
Do encéfalo é certo que vem
Através de moléculas nervosas,
Escreveu convicto esse alguém,
Que era mestre em versos e prosas,
Ao definir de onde vem a ideia,
Onde ela se esconde, o que faz,
Vai adiante, revela muito mais.
Lamenta imaginar uma odisseia
E resultar barrados os seus versos
Diante uma tíbia língua plebeia.