Existe beleza
Eis que não há que exaltar tão somente o belo
Dar ênfase apenas ao evidente e consagrado
Fazer de seu poema um grácil castelo
Deixando o menos bonito e tosco de lado.
Que era do azul se todos quisessem amarelo?
Pois também há beleza no mal acabado
No não nobre, no serm cor, no pé-de-chinelo
Não lhe parece lindo seu disforme amado?
Tanto para o descorado como brilhante
Sempre nos versos haverá algum espaço
Como o belo existe até no Inferno de Dante.
Então, o feio em meus versos não é escasso
Pois talvez algum leitor por ele se encante
Então, dar valor a fealdade é o que faço.
Eis que não há que exaltar tão somente o belo
Dar ênfase apenas ao evidente e consagrado
Fazer de seu poema um grácil castelo
Deixando o menos bonito e tosco de lado.
Que era do azul se todos quisessem amarelo?
Pois também há beleza no mal acabado
No não nobre, no serm cor, no pé-de-chinelo
Não lhe parece lindo seu disforme amado?
Tanto para o descorado como brilhante
Sempre nos versos haverá algum espaço
Como o belo existe até no Inferno de Dante.
Então, o feio em meus versos não é escasso
Pois talvez algum leitor por ele se encante
Então, dar valor a fealdade é o que faço.