Physsalis (soneto)
Chorando,queira ou não queira,
O amor ave feliz no cativeiro,
Aspirou branca flor do jasmineiro,
Sem a mais pura razão verdadeira!
Embalde,contorcendo o grilhão,
Sangrando o ferro,caiu à esmo...
Falhava,tênue a batida do coração.
Vertia chuva d’olhar sem desejo.
Ah!O pranto se fez caudaloso mar,
Deveras,não sei,eu,pois, não nego!
Physallis foi seu derradeiro lar...
E n’alguma ilha esquecida,
Ouvia-se tristonho acalanto
D’amor rubra pétala fenecida...
Obs;Este soneto teve origem num diálogo com a poetisa Lila Sinclair Haines quando ela me informou que a palavra “physsalis” nome de uma frutinha significa “amor em gaiola”