novo soneto de natal
palavras também morrem
sozinhas na noite escura
onde o cálice se turva
e o caminho fica opaco
palavras também sofrem
onde resseca a alma
onde o exílio do corpo
devora a luz e a lei
mas as palavras sempre voltam
fênix e filho pródigo
à casa do amado
ao coração que acende
das oliveiras ao gólgota
a estrela de belém