MÁ PARÓDIA
Se quis roubar do Bardo um verso ou dois
Não foi feliz no ritmo, o seu tropeço,
Talvez levar do carro à frente os bois,
É feio, faz fratura e pede gesso.
Ouvir os próprios passos foi difícil
Ao sem talento, o engodo à mente ocorre
E ao belo aspira pelas mãos do vício,
E o que era encanto em má paródia morre.
Do esforço alheio absorve muito pouco
Furtando o quanto leu e ouviu tão mal,
Da própria Musa alheio e tão maluco
Ao ponto desse canto e coisa e tal...
Roubar, no fim, é só pros muito bons
Dos que teem pouco senso e poucos dons.
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Se quis roubar do Bardo um verso ou dois
Não foi feliz no ritmo, o seu tropeço,
Talvez levar do carro à frente os bois,
É feio, faz fratura e pede gesso.
Ouvir os próprios passos foi difícil
Ao sem talento, o engodo à mente ocorre
E ao belo aspira pelas mãos do vício,
E o que era encanto em má paródia morre.
Do esforço alheio absorve muito pouco
Furtando o quanto leu e ouviu tão mal,
Da própria Musa alheio e tão maluco
Ao ponto desse canto e coisa e tal...
Roubar, no fim, é só pros muito bons
Dos que teem pouco senso e poucos dons.
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