MÁ PARÓDIA

Se quis roubar do Bardo um verso ou dois
Não foi feliz no ritmo, o seu tropeço,
Talvez levar do carro à frente os bois,
É feio, faz fratura e pede gesso.
Ouvir os próprios passos foi difícil
Ao sem talento, o engodo à mente ocorre
E ao belo aspira pelas mãos do vício,
E o que era encanto em má paródia morre.
Do esforço alheio absorve muito pouco
Furtando o quanto leu e ouviu tão mal,
Da própria Musa alheio e tão maluco
Ao ponto desse canto e coisa e tal...
Roubar, no fim, é só pros muito bons
Dos que teem pouco senso e poucos dons.

.

 
Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 12/12/2017
Reeditado em 12/12/2017
Código do texto: T6196886
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.