“MULHER CASADA”

Desejando cobri-la a arder me pus,

O corpo treme, a imaginação voa,

O sangue ferve, o sangue gela, atoa

Acendo e atoa eu apago a luz.

Enfim ela chega e nua me conduz

Às delícias da popa até a proa,

Remando excitada, toda se doa,

Envolvida em meus ais e meus us.

Na cama jogado o seu espartilho,

Nossa pele suada releva o brilho

E o gosto do gozo que é só nosso...

Peço que fique. Se veste, pondera:

É tarde, meu marido me espera,

Eu volto, mas, ficar eu não posso!

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 29/11/2017
Código do texto: T6185733
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.