“MULHER CASADA”
Desejando cobri-la a arder me pus,
O corpo treme, a imaginação voa,
O sangue ferve, o sangue gela, atoa
Acendo e atoa eu apago a luz.
Enfim ela chega e nua me conduz
Às delícias da popa até a proa,
Remando excitada, toda se doa,
Envolvida em meus ais e meus us.
Na cama jogado o seu espartilho,
Nossa pele suada releva o brilho
E o gosto do gozo que é só nosso...
Peço que fique. Se veste, pondera:
É tarde, meu marido me espera,
Eu volto, mas, ficar eu não posso!