ESCULTURA AMARELA
Vejo-a assim, escultura poética amarela,
Faz-me renascer, aflorar as cinzas mortas.
Destilada, barriga trincada e, caso com ela,
Exposição secular, esculpida entre portas.
Genitália triangular, escorre o mel da boca,
Cobre, consome, o tesão acima do divã.
Marca minhas costas, não há amanhã...
É hoje... eu vou te deixar ainda mais louca.
Quero assim: --- lento, ligeiro e silencioso;
Champagne, taças de vinho sobre a mesa.
Liga o som, põe música de Elba Ramalho...
Contrai no membro!... ficaste'o cabelo grisalho!
Engole profundo!... --- deixe de lado incerteza;
Nosso café da manhã és tu, a sobremesa.