UM  CHEIRO  DE  AMOR

Quando eu respiro, o ar que chega aqui
e me visita, enche meus pulmões,
terá o mesmo feito já por ti,
impulsionado, então, dois corações?

E a chuva doce , como eu nunca vi,
as gotas que ela entrega aos borbotões,
terá um dia surpreendido ali
naquela praia, um dos teus verões?

E dos respingos a molhar a areia
onde teu corpo recostou, aliás,
com um perfume que sempre me apraz

que vem do mar, enquanto o sol bronzeia,
o doce vento que me afaga traz...
E eis que suspiro por um ar a mais.


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