ROGO (soneto)

Senhor, Senhor, fugaz passa, e outrora

Sonhei sonhos sonhados, tive fantasia

Como jamais poderia sonhá-lo agora

Algum ter que fora, acervo na poesia

Passou o inverno, primavera e a hora

Passou o verão, também a noite, o dia

E na espera, me perdi no tempo a fora

E na quimera, o querer então persistia

Senhor, o meu poetizar está desnudo

Sem brado, cansado, o coração mudo

E neste vazio torpor, o amor é averso

Nada vem, porém, rude foi o destino

Ele marchou, Senhor, foi com destino

E comigo o desejo do incitador verso

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

07 de outubro, 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 07/10/2017
Reeditado em 30/10/2019
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