OS VULCÕES

Nesse mar de discórdia, em que vives...

O santuário dos apóstolos, em clamor.

Dai-nos graças! santificas, as origens,

Choras! Prantos! Mesa pobre, redentor.

Sedenta passarela, aos fulgores, tu exiges!

O perpétuo desamor, nas ondas, se foram...

Dentre rochas seculares, rabisco as marquises,

Versos órfãos, e rosas mornas, que morram!

Paira na tarde, sonhos vivos persistem,

No calabouço ardente que eterniza os vulcões,

Amarelado das lavas, circulam em vivas,

Trazendo-me lampejos nas escuridões.

Mergulho a caneta, o meu poema nas perifas,

Encanta o lavrador, na roça, dos sertões.

Wesley Moraes
Enviado por Wesley Moraes em 03/10/2017
Código do texto: T6132172
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