ALVORECER DO CERRADO GOIANO (soneto)

Alvorece de nuvens o céu do cerrado

Numa alvacento tal penugem a nublar

O Sol tão luminoso no adeus ao luar

Radiante, pro dia assim ser anunciado

Ouve-se o vento que se põe a soprar

Os buritis revoltos no charco estacado

Tal magos, num feitiço tão encantado

Despertando toda a passarada no ar

Num novo acordar, horizonte alumiado

Surge a vida com a sua harpa a tocar

Em um tom de um devaneio prateado

Sobre a indomável vastidão a avivar

Sucupiras e jatobás no chão tão árido

O Goiás se abre em um sedutor raiar

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Agosto de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/08/2017
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6087411
Classificação de conteúdo: seguro