CÉLERE (soneto)

E lá se vai o tempo, portentoso

Onde não vai a lentidão do fado

E de longe, eu distante, saudoso

Envio suspiros daqui do cerrado

Para os teus anos, eu já anoso

A pressa não é, certo ou errado

É tão a sorte no estado zeloso

Rio a baixo no leito apropriado

E, então, pelo espaço untuoso

Desliza cada sonho ali alado

Dando a vida agrado piedoso

Assim, os amores, encantado

Flores dadas, gesto impetuoso

Matizam o gozo ao ser amado

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Agosto de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 12/08/2017
Reeditado em 30/10/2019
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