Vida e dignidade
Em vida dignigade, eis que efêmera é a mocidade
O perdão da sociedade ao juvenil, a condenação à senilidade
Os prantos adultos, os festejos astutos da juventude
Aqueles cabelos tingidos de branco pelo que o tempo alude como penalidade
A vida busacada em rebusco pelo mancebo sadil de moral
O pobre senil, em canto sentado, agora extenuado ao juízo final
E no funeral, o efebo acompanha sem que se abata: verdadeira muralha
O silêncio fúnebre que o moço arrebata em contuso desatino
Ao ultimado toque do sino: "foi-se um canalha!!!".
Quão triste o destino...