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Sinto falta...
 
Sinto falta de quando abria a porta
e via tantas coisas ali absorta.
Nuvens, pardais, a moita de alecrim...
E via coisas, amor, dentro de mim...
 
Estava no lugar— tudo— ali na horta.
até uma erva daninha, a folha morta...
O céu— ah! Imagine— era de cetim...
Mas tudo um dia chega mesmo ao fim...
 
As histórias acabam, a ilusão...
Tudo que parecia ali à m’ia mão
Está tão longe como uma lembrança!...
 
Quando recordo minha alma balança.
Mas uma coisa digo: o tempo amansa,
Leva de nós orgulho, traz  perdão...
 


SONETO DO MEU LIVRO: SONETOS PARA UM AMOR

( Imagens grátis: PIXABAY)