BALADA DO TEMPO (soneto)

... e o tempo passa, indiferente

apático, indo embora sem saber

poente na saudade, o alvorecer

mais um, outro, apressadamente

... dono dos gestos e do prazer

tristemente, tal uma flor dolente

que traga o frescor vorazmente

no ato da ação do envelhecer

e o tempo passa, inteiramente

sem que escolhamos perceber

e na lembrança, assim, assente

passa o tempo, e é para valer

sem que nada dele ausente...

Presente! Pois vale a pena viver!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, junho - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 07/06/2017
Reeditado em 30/10/2019
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