SONETO DE IMPROVISO

Vem desse ar seco do cerrado

Um soneto tangido pelo vento

Que retumba do ipê frondado

Brisando odor no pensamento

Uma canção mágica de alento

Tal qual um afago resbuscado

Desfolhado em encantamento

Inebriando o estro engasgado

Um sopro de tão suavemente

Sentido, tão leve se presente

Que a alma sente sem perceber

É visão poética e contundente

Que traz fascinação para gente

Bela, que no encanto a de haver

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, maio - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 30/05/2017
Reeditado em 30/10/2019
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