Soneto à Esposa adormecida

Para Geane

À meia nau estarei eu atento

Olhando no poente minha mulher, que dorme.

Se a oeste sonha a minha amada

É para lá que vai meu pensamento.

Marujo afeito a tempestades

A transformar manhãs sombrias

E herdeiras de noites sem luz

Em prelúdios de belas tardes

Enquanto dormes estarei eu, decerto

Atento a um mal que ruge e nunca dorme

Cuidarei de ti insone, turbulento e desperto

Para que meu olhar navegue (e vele)

Pelo mar cristalino de alma pura

Onde flutua sua pele...

Nairson Luiz Santos
Enviado por Nairson Luiz Santos em 18/05/2017
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