Pintura do Google



TEU SONETO [739]
 
 
Estão do Olimpo as musas me excluindo?
Em vez de inspiração, vem-me invernada.
Talvez as deusas, lá, nem saibam nada,
quando o meu estro já não canta lindo. 
 
 
Tentei, malhei da aurora à madrugada,
no meu labor, pra não me dar por findo;
porém num ócio grande achei me indo,
depois ousei pra não me dar mancada.
 
 
Pensei em ti, meu id em teu semblante,
e eis que me fluem estes versos tontos
– finais saudades de um teu suplicante.
 
 
Teu soneto, por fim, se desencanta...
Em desalinho, pífio, com descontos,
pela ausência de ti, tamanha e  tanta!
 
 
Fort., 01/05/2017.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 01/05/2017
Reeditado em 01/05/2017
Código do texto: T5986353
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