TÃO POUCO, O TANTO
As trevas, que ao pirralho acenam mais encanto,
Até, que a baça luz que lhe franqueia o olhar,
Eu as conheço, um pouco...Um dia, há não sei quanto
Tempo, era assim meu céu, assim meu sol, meu mar.
O amor de me perder causou não pouco espanto
Entre os meus pares – eu, que me deixei levar
Por erro alheio, quis, já por tão pouco, o tanto
Ao louco dado, a esmola, a côdea vil, o uivar...
Errar por não ter norte é próprio ao que se perde
E amar não é virtude em si – conforme o objeto
É vício e torpe – e ao Mal, melhor o fruto verde...
O sonho do moleque o embriaga, é tão moderno
Errar...Importa, ao vir a si, só o que é completo,
O que é na luz sem par e alude, em si, ao Eterno.
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As trevas, que ao pirralho acenam mais encanto,
Até, que a baça luz que lhe franqueia o olhar,
Eu as conheço, um pouco...Um dia, há não sei quanto
Tempo, era assim meu céu, assim meu sol, meu mar.
O amor de me perder causou não pouco espanto
Entre os meus pares – eu, que me deixei levar
Por erro alheio, quis, já por tão pouco, o tanto
Ao louco dado, a esmola, a côdea vil, o uivar...
Errar por não ter norte é próprio ao que se perde
E amar não é virtude em si – conforme o objeto
É vício e torpe – e ao Mal, melhor o fruto verde...
O sonho do moleque o embriaga, é tão moderno
Errar...Importa, ao vir a si, só o que é completo,
O que é na luz sem par e alude, em si, ao Eterno.
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