Pausa
Pare de me perseguir,
dentro de mim,
dentro do meu elo vacilante,
ante migalhas persigo esse amor.
Porém, se eu desistir,
se morrer de sede do seu beijo
vou suplicar uma queixa estranha e vil,
será meu último fraquejo.
Sou musa dos seus poemas,
por entre tantos olhos negros,
ainda enxergo teu olhar...
essa pausa explícita e dolorida
só torna meu sofrer mais cego
e minha vida mais sentida.