MEUS IMATUROS ANOS (soneto)

Os meus imaturos anos dia deste

Acarquilhou no tempo, foi embora

Deixando a saudade, vil senhora

Cá no peito, no horizonte celeste

Diversa, macróbia, que cá mora

Alquebrada, da vida quer teste

Se o já é valedouiro a toda hora

Da sabedoria se diz inconteste

E da idade, a acama, cafajeste

Todo que ora não fui sou agora

Troça e ri tal qual a uma peste

E nos desvarios me levo afora

Sem que o sonho me moleste

Pois, a alma é nova, sem outrora...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Março de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 14/04/2017
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T5970384
Classificação de conteúdo: seguro