PRA ALÉM DO CERRADO (soneto)

Para além do barranco do cerrado

Talvez só a estrada, ou um castelo

Talvez nada além dum olhar singelo

Porém, pouco importa, vou levado

Enquanto vou, aos devaneios velo

E os gestos postos no chão arado

Lavro cada sentimento denodado

Não sei e nem pergunto, só prelo

De que adianta querer qual lado

Se o fado é tão diverso no paralelo

E as curvas reveis no discordado

E para aquilo que não vejo, o belo

Sorriso, a mão do amor, ofertado

Assim, refreio passada com flagelo

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Março de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 08/04/2017
Reeditado em 30/10/2019
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