O vento leva...
Edir Pina de Barros
O vento leva o pó do tempo ao léu
e nada fica além de uma saudade
no coração refém. E nos invade
sem ter piedade, dó, demais cruel.
E não sobra ninguém em liberdade,
que fique em paz e só, a beber mel,
tritura mais que mó – veloz corcel
a cavalgar além, muito à vontade.
E leva o vento atroz flocos de neve
do sonho nosso em flor – momento breve
em que a serenidade n’alma hiberna.
E nada resta em nós. O vento leva
o pó do tempo, o amor e deixa a treva,
abismos de saudade imensa e eterna.
Edir Pina de Barros
O vento leva o pó do tempo ao léu
e nada fica além de uma saudade
no coração refém. E nos invade
sem ter piedade, dó, demais cruel.
E não sobra ninguém em liberdade,
que fique em paz e só, a beber mel,
tritura mais que mó – veloz corcel
a cavalgar além, muito à vontade.
E leva o vento atroz flocos de neve
do sonho nosso em flor – momento breve
em que a serenidade n’alma hiberna.
E nada resta em nós. O vento leva
o pó do tempo, o amor e deixa a treva,
abismos de saudade imensa e eterna.