RESQUÍCIOS DA EUROPA
Pelas calçadas floridas de Giverny
te reencontro. Fomos inferno de Dante,
mas minha alma inocente está aqui,
na espera de que, por fim, a cotovia cante
a nova manhã. A tulipa da guirlanda,
que esqueceste no jardim da cozinha,
eu guardei e é de novo na Holanda
que a lembrança te faz minha.
Pelas ruas de Paris te carrego,
braços dados, sem jeito e cego.
Saint Chapelle badala os sinos da hora,
mas não vejo os fiéis. Não há missa
a ser rezada. Nem há qualquer premissa
que me impeça de te rever agora.
Pelas calçadas floridas de Giverny
te reencontro. Fomos inferno de Dante,
mas minha alma inocente está aqui,
na espera de que, por fim, a cotovia cante
a nova manhã. A tulipa da guirlanda,
que esqueceste no jardim da cozinha,
eu guardei e é de novo na Holanda
que a lembrança te faz minha.
Pelas ruas de Paris te carrego,
braços dados, sem jeito e cego.
Saint Chapelle badala os sinos da hora,
mas não vejo os fiéis. Não há missa
a ser rezada. Nem há qualquer premissa
que me impeça de te rever agora.