MIRAGEM PARANOICA - Poesia nº 25 do meu quarto livro "ECLIPSE"

Sou olhos, como a boca que te come

Na areia da ampulheta, o seu destino!

É o lento escorrer sem nenhum nome,

Na miragem das horas que te ensino!

Do espaço que recolho em ti, clausuras,

Em milênios de sóis e dinastias,

Tão presa, como tu és - das loucuras,

Curo a vida com mortes de heresias!

Venha mirando o fim imaginário,

Suba até a cruz do monte calvário,

Chore na imensidão, sonhos ateus!

Deixe um pouco de mim nestas saudades,

Quando areias tu for, e eu, tempestades,

Viajando na alma deste único adeus!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 04/03/2017
Código do texto: T5930437
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