MIRAGEM PARANOICA - Poesia nº 25 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Sou olhos, como a boca que te come
Na areia da ampulheta, o seu destino!
É o lento escorrer sem nenhum nome,
Na miragem das horas que te ensino!
Do espaço que recolho em ti, clausuras,
Em milênios de sóis e dinastias,
Tão presa, como tu és - das loucuras,
Curo a vida com mortes de heresias!
Venha mirando o fim imaginário,
Suba até a cruz do monte calvário,
Chore na imensidão, sonhos ateus!
Deixe um pouco de mim nestas saudades,
Quando areias tu for, e eu, tempestades,
Viajando na alma deste único adeus!
Eduardo Eugênio Batista
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