IMPERFEITO (soneto)

Pai, o que dizer de meus defeitos

Tantos, que nem sei como falar

Fere o peito, só te pode perdoar

Os meus atos não são perfeitos

Pai, eu não venho só me justificar

Do altar quero ser parte dos eleitos

Da tua palavra ter bons preceitos

E os muitos erros, na graça vexar

Deite o olhar nos dons suspeitos

Do coração tira o que vem maldar

Afrouxe os elos do bem estreitos

Se não tenho as virtudes de rezar

Ouça meu coração e seus aspeitos

Murmuram no talho que sabe amar

© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

Março de 2017

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 03/03/2017
Reeditado em 29/10/2019
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