SONETO AGONIADO

Agonio de ti, ó silêncio, do cerrado

Diz coisas que a sorte não vai entender

Da tua brisa saudades tu pões a trazer

Nas brumas, com suspiro empoeirado

Do teu torto cenário bruto, fustigado

Ascende lembranças no entardecer

Tão pálidas na tua secura, vão haver

Solidão, que o meu sonho fica calado

E nos teus murmúrios do alvorecer

O meu ao teu então fica encarnado

Largando lágrimas na face a perecer

Talvez um dia eu entenda o teu agrado

Por agora, o que faz é meu entristecer

Porém, todavia, és âmbito do meu fado

© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

Fevereiro de 2017

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/02/2017
Reeditado em 29/10/2019
Código do texto: T5918155
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