SONETO DA PAIXÃO

Há que bom seria, poder tocar-te

Enrolar as minhas mãos no carinho

Entrelaçar o meu olhar no teu linho

Das carícias, assim, então amar-te

Há se eu pudesse trilhar o caminho

Dos sonhos que te fazem à parte

Dos ardentes desejos, ó doce arte

Bebida no afago, em taça de vinho

Onde andas tu ó cálida paixão baluarte

Venha e da solidão arranque o espinho

No vitral do sentimento és estandarte

Te quero no peito, coração, no verde ninho

Te espero no tempo que a demora reparte

Qualquer hora, não seja tarde, aqui sozinho!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Fevereiro de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 16/02/2017
Reeditado em 29/10/2019
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