SONETO DA TRISTURA CATIVO

Eu estou assim: da tristura cativo

Intrusivo num túnel dum calvário

Rodeado de sentimento solitário

Mesmo entre olhares como vivo!

Do peito rezam vozes num rosário

Da casa um silêncio tão opressivo

Frio, sem graça e, sem incentivo

Que lá fora fracasso no itinerário

Olho-me num soluço pensativo

E vejo sonhos perdidos no diário

Desfolhado num jardim subjetivo

E me pergunto: por que o cenário?

Quando é meu tempo? Respectivo!

Pois, se o tempo no tempo é vário!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

05/02/2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 05/02/2017
Reeditado em 11/04/2024
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