SONETO TRISTE

Hoje acordei com meu verso triste

Escorrendo pelo papel só inclinação

Cabisbaixa a inspiração e, pelo chão

Querendo lira na sorte que não existe

Pois, cada cisma, na cisma consiste

E o prazenteiro é em vão, e assim são:

Desferrolha fagulhas infeliz do coração

Petrechando a consternação em riste

As minhas angústias querem expansão

Minha dor, está ali sozinha, é imensidão

Tão calada, não entenderão o que sente

Aí quem me dera, não a ter! Pois então?

A tenho!... E pouco cabe na solidão...

Quando caberia aqui: - verso contente!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Janeiro de 2017 - 05'55" - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 22/01/2017
Reeditado em 29/10/2019
Código do texto: T5889345
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