SONETO DO AMOR AO PRÓXIMO

De tanto variar no amor, não mais julgo

Sem nenhum julgamento, sem opinião

Rotular os bons e maus, não é exatidão

Somente o roteiro de quem quer indulto

As fraquezas e virtudes apenas as são

Se não... é quem quer grassar tumulto

Espelhando suas críticas do ser oculto

E se desenrugando em tola conclusão

Então, no ter harmonia deixei o insulto

Desenformei toda a minha limitação

Tentando no falível não ter berro inulto

E na aceitação, olhei com o coração

Na injustiça, me despi do seu volto

E, no amor ao próximo, fui irmão...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Janeiro, 16 de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 16/01/2017
Reeditado em 16/03/2020
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