SORTE (soneto)

Na minha má sorte, a boa é pendente

Eu nunca inferi por que. Não entendia

Nos prados do fado estava ausente

Indaguei a vida por que era. Não sabia

Na quimera do meu dia, fui inocente

De uma tal timidez íntima e correntia

Que o passar do tempo foi em frente

E as venturas pouco tiveram cortesia

E assim, o sonho se fez bem distante

O vario momento me foi um instante

E por eles pouco soube dessuar valor

Sinto, sem, no entanto, ser dissonante

Que se fiquei ou se eu passei avante

O importante é que fui e serei amor...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Janeiro de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 08/01/2017
Reeditado em 08/11/2019
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