ACASO (soneto)

Onde será que o cerrado começa

Ou cá termina as minhas miragens

Será a minha ilusão em mensagens

Ou o começo do fim que cá cessa?

Da saudade fiz pranto e roupagens

Dos sonhos viagens que atravessa

As quimeras na vida sem promessa

Porém, queria era outras paisagens

Como no fado o tempo é remessa

E na pressa se perde as bagagens

Cá fico, e cá minha alma confessa

Quem sabe, cá tenha boas aragens

Tecendo o sertão no quebra cabeça

E o acaso segui pra outras paragens

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Dezembro, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/12/2016
Reeditado em 08/11/2019
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