PONTO ESCURO
Este ponto no infinito
é mais um ponto no escuro,
negro. Surdo-mudo grito
que, aperto e no peito aturo.
E a flama luz, que procuro,
é junto ao ponto que fito.
E o ponto, exposto no escuro,
esbulha o peito constrito.
E no efeito deste atrito
forço encontrar o obscuro,
do que não esteja restrito.
E... onde estrela é ponto escuro,
ou, onde bata um peito aflito,
ali começa o futuro.
Publicado na 3ª Antologia de Poetas Brigadianos, organizada pelo Cel José Hilário Retamozo, no ano de 1993 e publicada pela PolOst Editora e APESP-Associação. (Pág. 105)