ATA-FINDA

ATA-FINDA

De que valeis, reveses d’amor? Brio,

Que enchendo o coração de vãos torpores,

Àquele que se busca novas dores

E sem calor de abraços, cai de frio

E somente se mente em desvario

Iludido por álcoois e vapores,

Enquanto chora triste os seus amores

Em versos transbordantes como rio...

...Ou frutas sobre a mesa maduradas

A exalar forte pela escuridão

Essências lentamente fermentadas,

Qual presença na ausência, vós em vão

Sabeis ter no presente horas passadas

Com ais que talvez nunca passarão.

Santa Bárbara - 30 09 1996